Dominic Willians
O som da maçaneta girando ecoou, me deixando em alerta, pois se bem me lembrava, eles disseram que era o tal chefe que viria. Meus olhos, ainda pesados pelo sangue seco em minha testa, se ergueram devagar. Os mesmos dois homens enormes de antes abriram a porta e deram passagem para alguém que vinha por trás deles. O som dos sapatos ecoando no chão sujo fez meu estômago revirar. Mas não mais do que a imagem dele diante dos meus olhos.
Brandon.
Ali estava ele. Com o mesmo ar presunçoso que sempre teve e eu conhecia bem, os cabelos perfeitamente penteados, a postura ereta de quem acreditava estar no controle absoluto de tudo.
— Olha só — disse ele, caminhando lentamente até mim, como se observasse uma peça rara de um museu. — O pai do herdeiro. O pai amoroso, atencioso, agora… assim. Rendido. Amarrado como um animal. — tinha sarcasmo em cada palavra que saía de sua boca.
— Brandon… — minha voz saiu rouca. — Por quê?
Ele riu. Um riso seco, curto. Frio.
— Você ainda tem a