Dominic Willians
O som dos sapatos batendo contra o piso frio ecoava pelo corredor estreito. Meus passos estavam apressados, o coração martelava no peito e minhas mãos estavam úmidas de ansiedade. Eu não dormia há horas. Desde a prisão de Irina, tudo dentro de mim gritava por Dominic. O vazio que ele deixou com seu silêncio era insuportável. E agora, mais do que nunca, eu sabia que ele não estava desaparecido por acaso.
Ele havia tentado me contar algo no hospital. Algo sério. Mas preferiu respeitar meu momento ao lado do meu pai. E eu, cega pela dor, não percebi que talvez aquela fosse minha única chance de impedi-lo de caminhar direto para a armadilha.
— Dominic… onde você está? — sussurrei, quase sem voz, ao sair do carro diante do prédio onde Adam mantinha seu pequeno escritório particular. Ele havia me enviado o e-mail com tudo o que entreguei à polícia para que Irina fosse presa, mas agora eu precisava dele de novo. Não para provas, mas para ação.
Toquei a campainha três vezes.