O mundo ao nosso redor desmoronava, e eu sentia cada vibração de terror percorrendo o corpo de Elara como se fossem minhas próprias veias sendo rasgadas. Cada palavra do Livro Negro ecoava no ar, misturando-se com a história, com o sangue antigo, com a maldição que pulsava silenciosa em nós. O peso da verdade era sufocante, e eu sabia que ela sentia isso tanto quanto eu. Queria protegê-la, mantê-la de pé, mas o poder dela já corria selvagem, e nem mesmo eu poderia contê-lo completamente.
Ela murmurou algo, quase inaudível, mas que atravessou meu peito como uma lâmina:
— “Eles… destruíram tudo com sua paixão. Com seu amor egoísta. E agora… agora recai sobre nós, sobre mim.”
Minha mão apertou a dela com força, firme, um lembrete silencioso de que não deixaria que o mundo a esmagasse. Inclinei a testa contra a dela, sentindo o calor dela se misturar ao meu, uma promessa silenciosa: eu a manteria de pé, custasse o que custasse.
Mesmo em meio ao horror, consegui sentir a chama de força qu