Elara
E então, de repente — um som seco, forte.
Um cajado batendo contra o chão.
— BASTA! — a voz ecoou, grave e poderosa.
Os lobos recuaram, como se uma força invisível os empurrasse.
Entre as sombras, um homem apareceu. Alto, imponente, com cabelos prateados e olhos de âmbar. O pai de Adrian.
— O que significa isso? — a voz dele soou firme. — Atacam meu filho como se fosse um traidor?
Ragnar rosnou em resposta, meio homem, meio fera.
— Ele trouxe uma maldição à nossa fronteira.
— Ela não é uma maldição! — gritou Adrian. — Ela é minha Luna!
O silêncio que se seguiu foi cortante.
Os lobos recuaram ainda mais.
O pai de Adrian olhou para mim, e por um instante, vi algo diferente em seus olhos — espanto, talvez... ou reconhecimento.
— Luna...? — ele repetiu, devagar. — Então é verdade.
Meu coração batia rápido demais. Eu não sabia o que fazer, o que dizer. Cada olhar ao meu redor parecia um julgamento, uma ameaça. O colar pulsava em meu pescoço como se estivesse vivo.
Adrian deu u