Depois da manhã sob o sol intenso e dos muitos mergulhos que a mantiveram ocupada, o corpo de Saryn ainda guardava a estranha sensação de estar submerso. Era como se as ondas a tivessem moldado por dentro, e seu corpo não soubesse mais existir sem a leveza da água. Mas isso era apenas um detalhe menor. Mais incômodo mesmo era a dor nos ombros, que latejavam a cada movimento. Ela passou a mão pela pele ainda úmida e concluiu que tinha ido longe demais nas braçadas.
— Algum problema? — A voz de Cassian preencheu a sala com naturalidade, como se fosse parte do ambiente.
— Ah, não, só um pouco de... — Ela hesitou, e os olhos, como que por conta própria, deslizaram até os braços musculosos do Alfa. — Dor...
— Que bom, então. — Ele passou os dedos pelos cabelos volumosos, fazendo-os parecer ainda mais rebeldes. — Digo, poderia ser pior.
— Como pior? — perguntou, tentando se concentrar na conversa. Mas, novamente, os braços dele chamaram sua atenção. Ok, nem tão sem querer assim...