( O Selo)
A noite cai pesada, mas o sono não é descanso.
O sono é porta.
E por ela, eu entro.
Sou o selo.
Sou corrente e destino.
Sou cicatriz viva, gravada em carne para que ninguém fuja do que já foi escrito.
Eles dormem.
Quatro corpos espalhados no mesmo espaço, como peças de um jogo antigo demais para ser esquecido. Mas eu não esqueço. Nunca esqueço.
Selene se encolhe no colchonete, o pulso contra o peito, tentando silenciar meu brilho. A respiração dela é frágil, mas dentro de mim ela já arde.
Ronan dorme perto da porta, mão na lâmina, mesmo inconsciente pronto para matar. A pedra não baixa a guarda.
Dorian encostado na parede, sombra e fogo misturados, vigia até dormindo. O Alfa nunca se apaga.
Caelan deitado sobre a mesa, sorriso insolente mesmo na inconsciência. O veneno nunca descansa.
Eu os percorro.
Sou sangue na veia, voz na escuridão, tambor na carne.
No sono de Ronan, sou ordem.
— Forjo você, corrente e lâmina.
Ele se remexe, a mão apertando o punho da espada. Pedra semp