(POV Selene)
O silêncio pesava tanto quanto o brilho da lua. Meu peito subia e descia rápido, o selo queimando no pulso como se fosse coração próprio. As vozes ainda ecoavam dentro de mim, e eu já não sabia o que era sonho, o que era profecia, o que era verdade.
— O que é… a Lua do Elo? — minha voz saiu baixa, mas atravessou o depósito como lâmina.
Dorian foi o primeiro a se mover. Sempre ele. O Alfa. Deu um passo à frente, a sombra cobrindo meu corpo como se fosse fogo sólido. Os olhos queimavam mais do que a lua no céu.
— É quando não há volta. — disse, grave. — Quando a marca pede carne. Quando o destino exige acasalamento.
Minha boca secou. A palavra ardeu na pele. Acasalamento.
Olhei de Dorian para Ronan. O soldado me fitava duro, o maxilar travado, como se a simples ideia fosse batalha. Depois para Caelan. O sorriso dele era puro veneno, doce e perigoso.
— Em outras palavras… — Caelan deu de ombros, preguiçoso, insolente como sempre. — Você precisa ser marcada, estrelinha. Marca