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Capítulo 106 — O Luto da Matilha

Cinzas da Lua (POV Selene)

O amanhecer não chegou de repente — rastejou.

Como se o sol tivesse medo de olhar o que restou da noite.

O ar estava denso, pesado de fumaça e memória.

E a montanha, outrora viva, parecia suspirar sob o peso dos mortos.

A fenda dos Exilados era um campo de cinzas.

E, no meio dela, o povo da Lua se movia em silêncio.

Nenhum pranto alto, nenhum grito.

A dor deles era contida, quase reverente, como se chorar fosse profanar o sacrifício.

Fiquei parada, observando enquanto os corpos eram cobertos com mantos brancos e dispostos em fileiras, todos voltados para o nascente.

Os mais velhos entoavam um cântico rouco — notas antigas, palavras em um idioma que eu não conhecia, mas que o selo parecia entender.

Ele vibrava sob minha pele, respondendo àquelas vozes com um pulso lento, como coração de pedra.

Dorian estava diante da primeira fileira.

Postura ereta, semblante inquebrável, o Alfa diante do seu povo.

Mas os olhos dele… ah, os olhos denunciavam o homem.

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