Maurício deixou a empresa e seguiu para o carro. Sua prótese já começara a incomodar, mas a data para a prova da definitiva estava próxima. Pensou em ir até o trabalho de Clara para falar sobre o testamento, mas teve receio de que a prótese o machucasse ainda mais. Decidiu deixar para contar quando ela chegasse, levando consigo uma cópia para que ela lesse. A participação dela e dos funcionários era pequena, mas a empresa era lucrativa, e mesmo uma fração mínima gerava uma renda considerável que a deixaria mais tranquila. Aqueles 3% poderiam, inclusive, superar seu salário atual no escritório de Joyce.
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No hospital, Clara e Tatiane aguardavam para entrar no consultório. Ambas estavam aflitas e já não conseguiam disfarçar. Clara olhava repetidamente o relógio, preocupada com o tempo de almoço da amiga, enquanto Tati pressionava os dedos da mão, angustiada ao imaginar a reação dela caso a gravidez fosse confirmada.
Finalmente, o médico chamou Clara.
Ela relatou seus sintoma