Antes do horário de sua consulta, Clara levou o teste para o banheiro e pediu para Tatiane esperar por ela. Estava muito nervosa e precisava de apoio. Finalmente fez o teste. O tempo de espera parecia uma eternidade, e suas mãos suavam mesmo com o ar-condicionado gelado.
Quando saiu do banheiro, estava mais em choque do que quando entrou. Tati, aflita, quase deu um pulo ao vê-la:
— O que deu?
— ... Inválido.
— O quê?
— Deu inválido.
Ela mostrou o teste borrado, sem resultado algum.
— Menina, que aflição! Mas de qualquer forma, você vai ao médico e pede um exame, pra ter certeza.
— Você pode ir comigo?
— Sim, eu vou com você. Não vou te deixar sozinha.
As amigas foram juntas no horário do almoço até o hospital onde a consulta estava marcada. Apesar de estar lá para apoiar, Tatiane estava tão nervosa quanto Clara — apenas disfarçava melhor.
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A tensão durante a leitura do testamento era tão palpável que quase podia ser cortada com uma faca. Dr. Guti