Maurício chegou cedo à igreja. Não havia dúvidas de que tudo daria certo, mas a ansiedade o corroía. Precisava checar cada detalhe, garantir que nada saísse do controle.
Logo depois dele, chegaram Alexandre e Henrique, seus padrinhos. Aos poucos, o templo foi se enchendo, e o nervosismo de Maurício crescia na mesma proporção. Sentia vontade de organizar os convidados como se fossem soldados em formação. O falatório, as risadas e os cumprimentos o deixavam ainda mais agitado. Quando se deu conta, nem Alexandre nem Henrique estavam mais ao seu lado.
Resolveu buscar um pouco de água. Entrou na sacristia, mas ao abrir uma porta errada deparou-se com Henrique e Yasmin em um amasso escandaloso.
— Henrique! Isso aqui é a casa de Deus. Tenha decência!
O casal se afastou às pressas. Henrique ficou pálido ao ver o olhar em chamas do irmão.
— Vem comigo. Agora!
No caminho até a cozinha, Henrique recebeu um sermão completo sobre sua falta de maturidade. Mas ao empurrar a porta, M