O pátio ficou vazio por longos segundos depois que os mensageiros desapareceram atrás do portão.
Não era silêncio comum — era o tipo de silêncio que parece aguardar uma reação.
E ela veio.
A muralha sul vibrou.
Pouco, quase imperceptível, mas vibrou.
— Sentiram? — Sigrid perguntou, já erguendo a lança.
— Como se alguém tivesse passado a unha na pedra — Brenno completou.
Helena fechou os olhos por um instante.
A runa aqueceu na palma da mão.
— Ele ficou irritado.
Kael encostou a mão na muralha.
A cicatriz reagiu — não com dor, mas com uma espécie de reconhecimento.
Helena soube o que significava:
o homem de vidro ouvira cada palavra.
E não gostara.
Lyria ainda estava no centro do pátio, segurando a concha.
O vento mexia nos cabelos dela como se tivesse sido chamado.
Helena se aproximou.
— O que ele está tentando agora?
Lyria inclinou a cabeça, ouvindo algo que não vinha da concha, mas do ar.
— Ele disse… que se vocês não abrirem porta nenhuma, ele vai calar todas.
A menina franziu o ro