Lena Aris
O pânico da chegada abrupta de Camila havia passado, mas o meu corpo ainda reclamava, e minha mente estava em turbilhão. Depois que ela se foi, Maeve voltou para o quarto, e o alívio de estar longe dos olhos julgadores da minha sogra era imenso.
— Eu não tenho medo dela, Maeve, e nem irei continuar este casamento fracassado — Disse, virando-me na cama, sentindo o colchão macio acolher minha dor.
Maeve suspirou, um som de cansaço e amor. Ela se sentou na borda, puxando minha cabeça para o seu colo, um gesto que fazia desde que eu era uma menina na minha solidão. Seus dedos começaram a traçar padrões calmantes no meu couro cabeludo.
— Menina, o que você fez? Não acredito que fez esta loucura que diz, outro homem, Lena? — As sobrancelhas dela estavam encolhidas, e eu as observei levemente. Meu sorriso era uma confissão silenciosa e insolente da minha rebeldia.
— Não ria. Quando o seu marido vier? Quando ele chegar e...
Dei de ombros, o movimento me trazendo uma pontada de dor,