POV — Isabela, Nicole, Dimitri, Ana, Erick, Damian
O mar ainda rugia quando o helicóptero rompeu as nuvens baixas.
Do alto, a antiga base Monteiro não passava agora de um turbilhão de espuma e destroços. As ondas engoliam o concreto como um animal faminto. Um lampejo azul ainda piscava sob as águas — o último suspiro da energia do núcleo.
Ninguém falava.
Isabela mantinha os olhos fixos na janela, o rosto iluminado pelas luzes intermitentes do painel. A moeda — agora presa entre os dedos — refletia o mesmo tom azulado que morria no mar.
“Cael.”
O nome queimava, sem som.
Nicole, sentada à frente, conferia a leitura dos monitores. — Nenhum sinal térmico vindo da base.
Dimitri cruzou os braços. — Então ele se foi.
Isabela respondeu, fria: — Cael nunca simplesmente vai. Ele recua.
O helicóptero sacudiu quando o vento soprou com força. Ana segurou o encosto do banco à frente, a voz trêmula, mas firme: — O campo eletromagnético persiste. Mesmo com o colapso, há emissão de dados.
Erick, ao la