"Bem-vindos ao coração da Base Monteiro." — disse Isabela quase que num sussuro.
O ar ficou mais frio à medida que desciam. O som dos passos ecoava como um metrônomo entre as paredes translúcidas. As luzes que se acendiam sob os pés projetavam reflexos nas faces — traços de inquietação, determinação e medo.
O túnel desembocava em uma câmara circular, iluminada por um anel de lâmpadas brancas embutidas no teto. O chão era metálico, polido, e no centro havia uma estrutura que lembrava um coração mecânico — cabos saíam de todos os lados, pulsando em intervalos ritmados, alimentando os servidores ao redor.
Ana foi a primeira a quebrar o silêncio:
— Isso… não é uma simples base. É um organismo.
Dimitri passou os dedos por um dos cabos. — Está vivo.
— De certa forma, está — respondeu Isabela. — Cael criou um sistema autossustentável. Alimenta-se da própria energia neural gerada pelos antigos projetos.
Nicole observava tudo em silêncio, olhos azuis frios, avaliando os painéis.
— As famílias