CAPÍTULO 23
Um sorriso bonito também pode ser uma armadilha
O dia amanhecia com luz dourada entrando pelas frestas da janela. Alinna ainda dormia quando Eduard empurrou a porta devagar, equilibrando uma bandeja de café da manhã nas mãos.
— Bom dia, meu amor — disse com a voz mansa, sorrindo.
Ela abriu os olhos devagar, piscando como se não soubesse onde estava. Sentou-se na cama, ajeitando o moletom, surpresa com a presença dele.
— Bom dia...
Eduard passou os olhos de relance e viu a coroa de flores que ele a deu, na cabeceira.
— Vamos passear um pouco? — ele continuou animado. — Não te trouxe para ficar trancada aqui. Vamos aproveitar esse dia lindo!
Ela o observou com estranheza. Aquele tom leve, aquele sorriso aberto, aquele olhar... quase gentil.
“Quem é esse homem na minha frente? Nem parece aquele monstro que quer me obrigar a casar com ele! E... ele é lindo. Esse sorriso, essa boca...”
Ela puxou o ar com força, como se precisasse se lembrar de onde estava. Saltou devagar da ca