CAPÍTULO 93
Quando um terno muda mais que a aparência.
Por um instante, ela não disse nada. Apenas o observou. E Caio sentiu que estava sendo pesado, medido… talvez comparado.
Ele fechou a porta atrás de si e foi até a cadeira em frente à mesa. Sentou-se.
— Alinna, não precisa… — começou, mas ela ergueu uma das mãos, pedindo silêncio.
O canto da boca dela se curvou num meio sorriso.
— Você se lembra, Caio, quando disse que não usava terno e gravata? — A voz tinha um toque de lembrança, quase suave. — E eu concordei. Disse que um garoto tatuado, que vivia de jeans e jaqueta de couro, realmente não combinava de terno.
Ele assentiu, um sorriso breve, mas triste, escapando.
— Pois é… retiro o que eu disse. — Ela inclinou levemente a cabeça, como se analisasse outra vez. — Você ficou lindo de terno.
Por um instante, ele não respondeu. Apenas a olhou, absorvendo o elogio como quem não sabe se deve aceitá-lo ou duvidar dele. Até que a pergunta escapou, carregada de uma insegurança que ele r