CAPÍTULO 92
Quando a rainha muda o jogo na última jogada
A sala de reuniões estava cheia de sorrisos contidos, olhares cúmplices e o cheiro de vitória antecipada.
Os acionistas conversavam baixo, trocando pastas e documentos, enquanto o relógio de parede marcava o compasso da espera.
A porta se abriu.
Caio entrou.
De terno e gravata.
Gravata perfeitamente ajustada, cabelo alinhado, barba aparada — uma imagem rara, quase incômoda para quem o conhecia. O silêncio se instalou como respeito e estranhamento ao mesmo tempo.
Ele caminhou até a cabeceira da mesa com passos seguros, sem hesitar.
— Vamos encurtar isso — disse, a voz grave e direta. — O que vocês decidiram?
Um dos acionistas, um homem de cabelo grisalho e sorriso treinado, inclinou-se para frente.
— Aceitamos, Caio. A casa de Genebra fica para ela.
Ele apenas assentiu.
— Então, assinem primeiro.
Os papéis passaram de mão em mão. Canetas deslizaram no papel. Quando o documento chegou até ele, o acionista o entregou com ar de tri