Dela. Eu nunca Escapei
CAPÍTULO 36
Às vezes, é no silêncio que o amor sangra mais alto.
Eduard estacionou em frente à sede da Moreau&Bastien S.A., respirando pesado. Ainda era cedo, mas sua cabeça já estava a mil. O carro nem tinha desligado e ele já bufava de raiva.
— Como aquele pirralho faz isso? — resmungou, socando o volante.
Subiu, destravou a sala com pressa e se jogou na cadeira de couro. Ligou o notebook. O carregamento foi imediato. A primeira coisa que viu foi uma mensagem em tela cheia, com letras grandes e irônicas:
“Arrumei sua merda.
Pelo menos mantém isso assim.
Adeus.”
Os olhos de Eduard se arregalaram. O maxilar travou. Ele socou a mesa com força.
— Maldito!
Mas logo em seguida, abriu o painel financeiro. Os números… estavam verdes. Contratos reativados. Fluxo de caixa reequilibrado. Lucro bruto em recuperação.
Ele soltou o ar devagar, os ombros relaxando.
— Pelo menos isso… — murmurou, quase aliviado.
Se levantou, caminhou até a janela. Encostou a testa no vidro frio, fechando os olhos.