CAPÍTULO 28
Porque para sobreviver ao luxo, ela precisou enterrar o amor
O céu era de um azul limpo quando o jatinho particular cortava as nuvens em direção à Suíça.
Alinna estava sentada de frente para Eduard, pernas cruzadas com leveza, corpo ereto, um sorriso discreto desenhado nos lábios.
Ela segurava uma taça de água com limão, os olhos vagando pela janela, como se estivesse completamente em paz.
Eduard a observava.
Com fascínio.
Com dúvida.
Com receio.
Quem era essa mulher elegante, distante, mas tão gentil? Onde estava a Alinna de antes?
Quando pousaram em Genebra, ele pegou sua mão com firmeza, entrelaçando os dedos.
Desceram juntos, lentamente, degrau por degrau.
No último, com os pés tocando o solo suíço, ele se inclinou em sua direção, sussurrando:
— Aqui começa nossa vida de casal.
Ela se virou levemente, mantendo o sorriso.
— Sim. Aqui na Toscana... eu enterrei a Alinna.
As palavras entraram nele como uma faca afiada.
O coração de Eduard apertou sem aviso.
Mas ele não d