O tempo no QG parecia ter se tornado um inimigo físico. Cada tique-taque do velho relógio na parede era uma batida a mais no coração de Isis, um segundo a menos na vida de Theo. O ar era espesso, quase irrespirável. A equipe, antes uma força de ação, agora era um grupo de almas em vigília, presas na agonia da espera.
Isis andava de um lado para o outro, uma leoa enjaulada. A sua mente, uma tempestade de "e se?". E se a ligação não funcionou? E se o soldado for leal demais ao ponto da insanidade? Ela lutava para manter a postura de líder, mas por dentro, estava a desmoronar.
Corvo, em silêncio, limpava a sua arma pela terceira vez. Não porque precisasse, mas porque as suas mãos precisavam de uma tarefa, de um foco que o distraísse da impotência. Zóio tentou quebrar o gelo.
— Se o Theo sair dessa, o bolo da festa dele vai ter que ter o tamanho de um pneu de trator...
A piada morreu no ar, sem eco. O humor não tinha lugar naquele purgatório.
Amarrado à cadeira, o Tenente Torres obse