Victória Thomas é uma jovem que luta para sobreviver em meio ao caos familiar. Uma mulher simples e de gostos simples, mas por ironia do destino, o seu meio-irmão aparece para atormentá-la, causando transtornos em sua vida. David R. Boss é perdidamente apaixonado por Victória, sua secretaria. Quando soube do desfalque, no primeiro momento, fica totalmente perdido, mas logo resolve acobertá-la. Mas isso o faz invadir a vida da jovem. Ela não sabe, mas ele sempre desejou desvendar seus segredos. Esse romance é uma intenção de mostrar que a redenção e o amor sempre ganha. Apesar, de toda a dor e chantagem que iniciou a vida de Victória com o seu chefe, David.
Leer másVictória abriu os olhos lentamente, suspirou e abriu um sorriso languido, o seu corpo estava sobre uma cama confortável e macia, em um quarto silencioso e fresco. De repente, as lembranças das últimas horas bombardearam a sua mente fazendo-a despertar e se sentir estarrecida com o que havia acontecido na noite anterior, após dizer sim para David.
Victória acordou na cama do seu chefe, David R. Boss.
Ela saiu das cobertas e olhou em volta, viu estar dentro daquele quarto, para onde foi levada, porém não gritou por ajuda em nenhum momento e assim cedeu o seu corpo e a sua alma em uma das experiências mais excitantes da sua vida.
Em seu corpo, uma nova camisola de pura seda e o sobretudo sobre o sofá como foi deixado ali na noite passada. Agora, ela queria sair dali. Primeiro, vestiu o sobretudo, tentando esconder o corpo que ficou exposto à noite inteira.
Victória ajeitou o cabelo com as mãos tentando um coque improvisado e saiu do quarto andando bem devagar, esperando ouvir algum barulho, algum sinal do David pelo apartamento. Não ouviu nada.
A vergonha era imensa que Victória, não parou para analisar a bela cobertura e toda a sua decoração de bom gosto e luxo, o seu objeto era sair daquele lindo lugar e chamar um táxi, mas lembrou-se que não tinha mais as chaves do seu pequeno apartamento. Quando chegou na sala e caminhou rapidamente para a direção da porta quando uma voz a surpreendeu.
— Senhorita Victória.
Ela virou com a mesma rapidez de como se estivesse sido atingida.
— Sim?
Elas logo se reconheceram.
A mulher era a governanta de David e já haviam conversado outras vezes pelo telefone. Seu nome era Olga e era exatamente como Victória havia imaginado.
— Dona Olga?
— Finalmente nos conhecemos, como vai Dona Victória? — Falou a mulher num tom agradável, sem maldade ou malícia no olhar.
— Vou bem Dona Olga, mas eu tenho que ir. Eu…
— O senhor David pediu para o aguardar e também pediu para aproveitar bem o seu dia aqui no apartamento.
— Como? Eu não posso, eu tenho que ir. Eu…
— Quer tomar o seu café da manhã?
— Não. Eu estou sem fome. — Victória olhava para os lados, perdida, vestida daquela maneira — Preciso das minhas roupas… — Disse pensando alto, preocupada. Por que dormiu tanto dessa vez?
— Chegaram algumas peças para a senhorita, estão no quarto ao lado do senhor David. Venha, mostrarei para você.
Victória seguiu a governanta, que parou em frente a porta e abriu dando passagem para ela passar. O quarto bem decorado e no centro três araras de roupas embaladas contendo de tudo um pouco para a vestimenta feminina, aquele ambiente lembrava mais uma butique de luxo.
—Fique à vontade aqui e nas demais dependências da casa e assim que estiver com fome me avise. Com licença.
Olga saiu do quarto e Victória começou a olhar as peças, todas muito caras, de tecido leve e delicado e não ousou mexer em nenhuma.
Para ela ainda tudo muito surreal.
***
— Ela acordou?
— Sim, senhor David, ela tentava sair do apartamento, mas está tudo trancado como mandou.
— Ela o quê?!
— Ela está vestindo um sobretudo preto, e não pegou nenhuma peça que o senhor mandou entregar, mas deixei uma bandeja no quarto para que se alimentasse...
Do outro lado da linha, um sopro pesado.
— Sei. Olga continue cuidado dela e a faça comer...Dentro de algumas horas estarei de volta.
— Sim senhor.
— Ótimo.
David desligou a ligação.
***
Victória fitou as roupas bonitas, entretanto, retornou para o quarto que havia passado a noite que agora estava arrumado. Em cima da cama, um jogo de toalhas felpudas e um roupão novo. Também uma necessaire que reconheceu ser sua!
Ele voltou para o apartamento ou mandou alguém buscar
Realmente ele era um homem controlador, não apenas no escritório, mas em tudo, ele pensava em tudo, sempre.
Victória pegou as aquelas coisas e correu para a toalete que mais lembrava um catálogo de uma revista famosa. O banho foi revigorante, aproveitou para lavar o corpo e os cabelos longos e lisos.
Assim que voltou para o quarto encontrou uma linda bandeja de café da manhã esperando para ser degustada.
Victória sentiu a fome e não resistiu a tantos quitutes.
Um tempo depois, Olga pediu licença e entrou na suíte.
— Que bom que se refrescou e encontrou as suas coisas.
— Obrigada Olga quem as trouxe?
— Um entregador que deixou na portaria sob as ordens do senhor David, o que mais posso fazer por você?
Victória a fitou com carinho a mulher que a tratava tão bem e ficou com muita vergonha e total sem jeito pela sua situação.
— Dona Olga… Eu passei a noite aqui, mas, é que não queria que pensasse mal de mim.
— Senhorita Victória, não precisa se explicar, eu nunca me intrometi na vida do Senhor David, sou paga para cuidar da casa e dos convidados dele. Qualquer coisa estarei na cozinha, pode chamar por esse interfone, à tecla é o três. Aproveite o café. Com licença.
Olga a deixou, porém, a mente de Victória não parava de pensar:
Como será que estava o escritório? O que as pessoas estavam falando? Será que Elano deu sinal de vida? O quê David ainda queria…
Eram tantas as perguntas e as dúvidas, o tempo foi passando a deixando-a mais apreensiva.
Victória sentiu um frio percorrer o seu corpo ainda mais quando se lembrava da sua entrega àquele homem enigmático, entretanto, afastou aqueles pensamentos, pois a sua noite de paixão desenfreada tinha um grave motivo:
Ela roubou uma pequena quantia e estava ali para pagar.
O seu chefe estava usando aquela situação para não denunciá-la e também para os nãos dos tanto convites que recebera para jantar ao longo dos oito meses que ocupava o cargo de secretária do executivo e filho do dona de empresa Boss.
Victória estava perdida.
As horas passavam e Victória não definia nada.
— Ainda pensando em fugir?
Aquela voz. Ela virou e olhou para a porta do quarto, era David.
— Não. — Respondeu com voz baixa.
— Que bom, pois eu tenho uma proposta para você.
— Proposta? David, eu não devia ter feito...
— Você precisava descansar...
David foi se aproximando cada vez mais, com um olhar cheio de saudade e de algo a mais.
— Agora mais uma vez só eu e você, estou gostando disso, só de imaginar que o que tem dentro desse roupão me deixa muito mais contente.
Os dois estavam bastante próximos, seus olhares não se desgrudavam.
Ela tinha receios.
Ele queria a redenção.
David carregava nas mãos uma pasta e entregou para ela.
— Toma, quero que leia sem pressa.
— O que é isso? Que documentos são esses?
David sorriu, aproximou-se, e soltou os dois botões e a fita que amarava o tecido em volta do corpo desejado a deixando mais uma vez desnuda.
— Porque você age dessa maneira? Você viu quantas roupas mandei para você.
— Eu não vou aceitar.
David fincou as sobrancelhas e disse num tom ríspido.
— Pouco me importa então. Assim que ler o que tem aí, terá de aceitar e enquanto lê isso, eu vou buscar uma bebida. E decida logo.
Victória o viu sair do quarto e fechou o roupão, mantendo- o assim e começou a ler os documentos.
Um era um contrato da empresa.
E o outro um contrato incomum.
— Quero que leia e decida o quanto antes.
Voltou, David, parado na porta do quarto.
— Eu vou terminar de ler no outro quarto. — Victória levantou segurando a pasta com força.
— Sinta-se à vontade minha Vic.
Ela passou por ele quase como um furacão. Entrou no outro quarto, batendo a porta, olhando aqueles dois contratos. Então, decidiu pelo ‘’incomum’’.
Ela leu com todo cuidado. Parecia mais um contrato nupcial. Era um contrato de convivência dela para com David, durante duas semanas.
Ele a queria por longas duas semanas e teriam que ter uma vida como de um casal. E ainda, teria que ser totalmente fiel a ele e as suas fantasias.
Isso é uma loucura! — Ela pensou.
Mas ela também o teria por um algum tempo e poderia conhecer mais aquele homem, que mexeu com seus sentidos assim que o viu ao lado da sala da dona Bernadete, pensando que ele fosse um funcionário qualquer da empresa. Mas ele era seu chefe, filho do senhor Carl, que era um senhor muito agradável, mas enérgico e sério.
Victória estava nas mãos dele. Guardava um sentimento muito forte por aquele homem e por isso o deixaria usá-la, sabendo que o amaria.
O outro contrato foi um golpe. Era sua rescisão. Assim que as duas semanas terminassem o dinheiro estaria dentro da conta do grupo Boss e ela seria enviada para outro setor da empresa. Ou, caso preferisse, também poderia pedir demissão, como uma dispensa normal.
Ela roubou agora teria que pagar o preço que David a impôs.
Victória voltou para o quarto. David havia acabado de sair do banho com uma toalha envolta na cintura e com outra enxugava os cabelos, deixando-a sem jeito.
— Então o que decidiu?
— Eu… Eu assino o contrato.
David a fitou com um misto de malícia e uma pontada de felicidade.
— Mas eu tenho as minhas condições.
— Fale.
— Não me chame mais de Vic, eu não gosto.
Ele a olhou pareceu surpreso e deu de ombros.
— Por quê? O seu amante a chama assim?
— Eu apenas não gosto.
— Está bem. Então está de acordo com tudo, até o final.
— Sim, eu li e concordei.
O olhar dele escureceu.
— Você vai sair com quase nada dessa história, Victória, o dinheiro vai entrar na conta quando o contrato encerrar, se você pular fora, já sabe o que a espera. É apenas isso que você quer?
— Eu quero ir ao meu apartamento, quero usar as minhas roupas, já que ainda serei a sua secretaria. Eu peço para que ninguém saiba desse nosso acordo.
David se aproximou e tocou o rosto dela
— Condições aceitas, Victória, e acredite em mim, isso vai ser bom para nós dois.
David se afastou e entrou no closet que era tão grande como o quarto.
— Então vamos até o seu apartamento. Pode começar agora a fazer o seu papel, eu quero você linda. Essa noite vamos jantar fora e quero levá-la ao Donata, é o melhor restaurante da cidade, por isso não me decepcione.
Victória pegou a caneta que já estava dentro da pasta e assinou, jogando em cima da cama. Foi para o quarto de hóspedes onde estavam as roupas novas e ali tinha virado o seu refúgio.
Eram muitas roupas naqueles cabides. Ela optou pelo vestido mais simples, preto em decote V mas discreto e era na altura dos joelhos. Viu um salto que combinasse e montou rapidamente um jogo de acessórios, escolheu brincos e um anel de pedras de Turmalinas. Victória pensou na sua mãe que ficaria maravilhada com tantas peças de roupas de grife, mas Victória sabia que não tinha puxado esse lado brilhante da sua mãe, apenas quando tinha algum evento tentava pensar como a Dona Pilar.
Assim que se aprontou olhou-se no espelho, fez uma rápida e simples maquiagem e deixou os cabelos soltos, secou-os com o secador para ficaram mais controlados.
Chegou na sala e viu David conversando no celular.
— Falta pouco então. Mas fiquem de olho, o que ele fez não tem um mínimo de decência, aguardarei. Ok!
Ele desligou o celular e virou em sua direção.
David tinha um sorriso lindo e a olhou de cima a baixo. Ele também já estava pronto e Victória o achou ainda mais encantador, parecendo mais jovem do que realmente era. Ali, parado no centro da sala, cabelos úmidos com roupas informais.
— Eu sabia que você optaria por um vestido simples e mesmo assim ficaria magnífica.
— Gentileza sua.
— Você me conhece já há alguns meses para saber que não sou gentil com qualquer pessoa.
Ela ficou sem jeito com o olhar dele.
— Onde está Olga?
— Ela já foi, só volta na segunda… Ela gostou de você.
— Eu também gostei dela...
Victória estava deixando aquela cobertura depois de um dia inteiro, trancada. Tudo aquilo mais parecia uma redoma de vidro, um mundo à parte com David
A história de amor entre Victória e David começou de forma errada e muito conturbada. David era um homem amargurado que vivia apenas para os negócios e para a família, porém, em um evento cultural, ele avistou uma jovem mulher e se sentiu atraído por ela e no mesmo instante quis conquista-la de qualquer forma. Victória carregava muitos problemas com o seu meio-irmão, viciado em jogos de azar, e sempre o ajudava como podia até mesmo se auto sabotando. Quando se mudou para uma cidade maior, ela conseguiu um bom emprego e então a sua vida se transforma quando de repente o seu olhar cruza com o homem que seria o seu chefe, o herdeiro da empresa, David Boss. Ela não queria cometer aquele crime:retirar dinheiro da empresa para pagar a divida do Elano. Porém, aceitou as condições para pagar o seu erro. Victória se entregou de corpo e alma para David. Por sua vez, David não conseguiu mais se afastar da bela mulher do vestido azul e quando descobriu tudo sobre ela, deixou a paixão fa
—Você convidou aquela Lolita para jantar na sua casa? — Falou Branca, incrédula.—Mãe, ela apareceu aqui eu a não convidei.—Você nem namorou essa moça só saiu algumas vezes... E o que você fez para a Victoria?— Fiz nada. — respondeu David com ar derrotado enquanto servia o cálice para a mãe — Ela anda misteriosa. Sai toda as manhãs sozinha e não sei pra onde vai e realmente a casa está em andamento, mas eu prometi não colocar seguranças atrás dela como fiz no passado.—Filho... Eu vejo que vocês não estão bem. Você a traiu?—Não! Pai depois que eu a conheci nunca mais estive outra mulher e nem quero. Vocês não acreditam em mim?—A questão não é acreditar — Disse Branca — A questão é
—O que houve aqui? - David se perguntou quando encontrou Victória assistindo um filme antigo na tevê—Oi meu amor- disse ele sentando ao lado dela.—O filme está quase no fim...Depois, nos falamos. Está bem?Victoria não tirava os olhos da tela, David percebeu isso ficou ali quieto e não estava pronto para começar o dia como faz todos os dias.—Victória...—O filme...—Eu já assisti a esse filme com você e não está nem perto do fim. — Era nítido a irritação de David que sempre quando estava assim era um pouco insistente.Ela desligou o aparelho e encarou o marido, e aguardava com um olhar tranquilo, mas por dentro era só destruição.—O que houve com o sofá da sala?—Não gosto mais dele e pedi para retirarem da sala.—Va
— Os resultados maravilhosos, David! - dizia Brandão — E quem diria que a empresa que investimos lá atrás iria crescer e prosperar tanto. Aquele design é apreciativo! Agora estamos nas corridas de carro!—Fico feliz com o seu ânimo. Eu também estou mega feliz, cada peça montada, cada dinheiro investido e a West ganhou formas e vem mais por ai!—Um brinde, meu caro!David e Brandão comemoravam os resultados e passaram boa parte da tarde conversando, sobre os últimos acontecimentos.—Otavio quem diria...—Foi um choque ele era um irmão pra mim.—O seu pai abafou tudo, não é?—Fomos forçados a situação fugiu do controle, só de pensar que eu poderia ter morrido e deixar a minha mulher e meu filho.—Então essa moça o fisgou mesmo, hein!
Passaram dois anos e a vida de Victória e David transformaram A Casa Nova—O que achou da ideia?— Uma casa...—A nossa nova casa. A casa para criarmos o Lucas, para receber a nossa família e convidados, e claro mais espaço para nós dois.David estava animado para o jantar de logo mais na cobertura e enquanto isso, conversava com Victória que terminava de escolher qual joia usaria e queria a mais discreta.Além disso, estava cansada e queria ficar um pouco mais com o filho, porém ser esposa de um executivo tinha que abrir mão desses pequenos momentos maternos.O pequeno Lucas estava com quase dois anos e era esperto e cheio de saúde enchendo os pais de alegria e amor.—Família sim já os convidados, são os seus convidados...
O casamento estava marcado para as quatro horas da tarde.Além da família Boss e a tia Camila, estavam lá; Berna com o marido e algumas pessoas da empresa, assim com Dalila e uma amiga de Victória, Sara.David estava no altar vestido com um terno branco. Os cabelos estariam arrumados, não fosse por um vento fresco.Victória chegou com um belo vestido de noiva estilo tomara que caia, trançado por pedras e uma tiara simples na cabeça.A felicidade era geral, todos estavam radiantes. O evento foi bem montado em um lugar lindo como a ilha.Se não fosse por alguém que observava tudo de longe.— Você está linda! Imagino o que tem aí embaixo… — Sussurrou David para Victória, dando um beijo em sua noiva.Depois de ouvirem atentamente as palavras do juiz, David pegou as alianças e disse.
Último capítulo