O ar no QG tornou-se rarefeito. A revelação de Torres não foi uma ameaça; foi uma sentença de morte com um cronômetro. O sol, que para o resto da cidade era promessa de um novo dia, para eles era a lâmina da guilhotina.
Isis não se permitiu paralisar. A dor, o medo, a fúria — tudo foi canalizado para um único ponto de foco, uma clareza mortal.
— Quanto tempo a gente tem até o amanhecer? — ela perguntou, a voz firme, cortando o pânico que ameaçava se instalar.
Corvo olhou para o relógio na parede. — Menos de uma hora.
— Não dá tempo de invadir de novo. A base está em alerta máximo. — disse Zóio, passando a mão pelo rosto, a frustração evidente. — A gente não chega nele a tempo.
— A gente não precisa. — Isis se virou, os olhos cravados em Torres, que a observava com um brilho demente de triunfo. — Ele vai chegar.
Ela caminhou até o prisioneiro. Pegou um celular e o colocou na frente dele, já numa chamada de vídeo com Mariana, cuja imagem apareceu instantaneamente na tela, pronta,