Após o banho e os carinhos, Vitório colocou novamente a máscara de Dom. O semblante doce e vulnerável de instantes atrás desapareceu, substituído por aquele olhar gélido e implacável que apenas os homens do clã conheciam. Desceu as escadas ao lado de sua cigana, que agora estava toda vestida com trajes tradicionais, saia longa e rodada, lenço amarrado na cabeça, os pés descalços tocando o mármore frio. O contraste entre a suavidade dela e a presença imponente dele era quase cinematográfico.
No salão, a mesa já estava posta. Mateo e Enzo ocupavam seus lugares, aguardando. O aroma de café forte misturava-se ao de pão recém-assado e especiarias. Assim que Vitório se sentou, não perdeu tempo:— Cumpriram a missão que eu enviei? — perguntou, a voz firme e baixa, como uma sentença.Matteo apenas assentiu. — Sim.— E o lixo foi colocado onde? — o olhar dele perfurava como lâmina.— No barril de ácido.Um breve e frio sorriso desenhou-se