A noite em Nápoles tinha um peso diferente. O vento trazia o sal do mar, mas também a expectativa de algo que só aconteceria uma vez. Baran, o pai dele e o Gitano se colocaram à frente do grupo. Os soldados de Don Vitório, já treinados para agir como ciganos, vestiam-se de preto, zarabatanas carregadas com a dosagem mais forte. Nenhum disparo de arma de fogo seria permitido. Ali, quem mandava era o silêncio.
O Gitano ajeitou o lenço na cabeça, e o brilho discreto de seus olhos refletiu o fogo do pequeno lampião apagado. — Agora é a hora. — Sua voz não subiu, mas se espalhou como ordem natural. — Entramos e saímos como sombras. Quem levantar a voz já está morto.
Ao lado dele, o Hackey, disfarçado de cigano, tirou do bolso o celular de última geração. O aparelho parecia comum, mas estava conectado a um sistema que só ele sabia manipular. A tela iluminou brevemente seus dedos, projetando reflexos verdes na noite.
— Escaneei tudo — disse Hackey, com