A porta do quarto de Rivera parecia respirar. Do outro lado, o ronco abafado de um homem pesado de sono e o leve movimento de uma mulher entregando-se a sonhos febris. O grupo se alinhou no corredor. Hackey sussurrou pelo rádio curto, a voz tensa mas firme:
— Quatro minutos.
O Gitano assentiu, e o pai de Baran foi o primeiro a se aproximar da porta. Passou os dedos pela madeira, sentindo vibrações invisíveis, como se a própria casa confessasse o que guardava. Fez um gesto: palma aberta para baixo. “Silêncio absoluto.”
Baran tomou a frente. Retirou da faixa uma pequena zarabatana curta, própria para curta distância. Luigi, ao lado, tremia só de pensar, mas manteve os olhos fixos na mão do amigo.
O pai de Baran ergueu dois dedos: “Um alvo, dois alvos.” Depois fez o círculo fechado com a mão: “Pegamos.”
O Gitano, com uma chave especial trazida por Hackey, girou a fechadura em silêncio. A porta cedeu apenas o bastante para deixar o