SOFIA
O parque era pequeno, mas parecia ter o tamanho do mundo naquele momento. As árvores, altas e antigas, se entrelaçavam, criando uma sombra que se espalhava tranquila pelo chão, como um abrigo. Os brinquedos, com suas cores já desbotadas pelo tempo, pareciam contar histórias de risadas antigas e memórias que se espalhavam no ar. Tínhamos escolhido aquele lugar por isso: ele era calmo, seguro. Familiar. Onde o mundo parecia não exigir nada, a não ser respirar.
Enzo adorava aquele cantinho desde sempre, e eu sabia que ele precisava estar ali, onde suas risadas ecoavam sem pressa, onde poderia ser apenas uma criança. Onde o medo do novo fosse menor.
Mas hoje não era só um passeio. Era o reencontro. E eu não sabia o que esperar, nem o que ele sentia. Só sabia que o amor de mãe exige coragem, mesmo quando a gente ainda está aprendendo o que significa ser mãe de novo.
Isabella chegou pontualmente, como sempre. E isso, de algum jeito, me fez perceber o quanto ela ainda carregava de uma