Ele era frio, calculista e dono de um império. Ela só queria um emprego. Nenhum dos dois esperava... um bebê. Dominic De Santis vive para os negócios — e para o controle absoluto. CEO bilionário, sarcástico e emocionalmente inacessível, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando recebe uma “entrega especial” no meio da sala de reuniões: um bebê. Supostamente, seu filho. Desesperado, sem paciência e sem ideia de como trocar uma fralda, ele precisa de ajuda. É aí que entra Leslie Gallardo: 24 anos, endividada, doce e determinada a não abaixar a cabeça nem mesmo para o homem mais poderoso de Nova York. O que começa como um emprego temporário de babá se transforma em um turbilhão de olhares, provocações e sentimentos que nenhum dos dois esperava viver. Ela começa a enxergar o homem por trás do terno. Ele começa a desejar um futuro que sempre rejeitou. Mas será que dois mundos tão diferentes conseguem se tornar um só?
Ler maisO 60º andar da D&S Corporation era diferente do restante do prédio. Havia silêncio, sofisticação e um ar de exclusividade. Leslie foi conduzida até uma sala ampla com vista panorâmica da cidade. Ficou de pé, enquanto Nina a assistente de Dominic dizia que ele a atenderia em instantes.Quando a porta se abriu, ela sentiu seu coração parar por um segundo. Era ele. O homem do saguão. O pai do bebê.— Você? — Ele disse, com surpresa, arqueando uma sobrancelha.— Eu... não sabia que você era o dono da empresa — ela respondeu, desconcertada.Ele fez sinal para que ela se sentasse, mantendo o olhar firme sobre ela. Noah não estava presente. Ele estava com Olivia.— Então... Leslie Gallardo — ele disse, lendo rapidamente o currículo. — A senhorita é a candidata para a vaga de babá? — perguntou, olhando a ficha sobre a mesa.— Sim... sou eu.Dominic assentiu devagar, seus olhos ainda fixos nela. Ele parecia avaliá-la de novo, sob uma nova luz.— Você tem experiência?— Formalmente? Não. Mas co
O som do despertador ecoou pelo apartamento silencioso, mas Dominic já estava acordado. A noite tinha sido um verdadeiro inferno. O bebê acordava de hora em hora, chorando por motivos que ele não conseguia decifrar. Era fome? Gases? Vontade de colo? Não importava. Dominic sentia como se tivesse atravessado um furacão em miniatura, e agora, com olheiras profundas sob os olhos e uma paciência extremamente curta, encarava o berço improvisado na sala.Noah, ao contrário, dormia feito um anjinho.— Claro que agora você está dormindo — murmurou Dominic, passando a mão pelos cabelos escuros e desgrenhados. — Onde estava essa paz toda às três da manhã?O apartamento estava uma bagunça. Mamadeiras sujas na pia, toalhinhas espalhadas pelo sofá, uma fralda suja esquecida em cima da mesinha de centro — coisa que ele prometeu mentalmente nunca mais fazer. Mas o que mais o incomodava não era a desordem ao redor, e sim o caos interno que o pequeno bebê havia despertado dentro dele.Ainda não sabia e
Afundou no sofá, segurando Noah com cautela.— É só isso que você queria? Você só quer que alguém te segure?Noah o olhou com aqueles olhos grandes e curiosos, sem entender nada, mas com uma expressão que falava mais do que mil palavras. Um olhar que implorava por um lar. Por segurança. Por alguém.E pela primeira vez em muitos anos, Dominic De Santis se sentiu vulnerável.Completamente exposto. Ele, que era conhecido por ser implacável, frio e calculista, agora estava sentado em seu sofá, com um bebê nos braços... e um nó na garganta.Mas antes que pudesse sequer compreender a profundidade daquele instante, um som desagradável o arrancou de seus pensamentos.Um estalo molhado. Aquele som inconfundível.— Oh, Deus. Por favor, não… — sussurrou.O cheiro veio logo depois.Ele fez uma careta de nojo e afastou Noah do corpo.— Sério isso? Você fez isso agora?Dominic colocou o bebê no sofá, deitou-o com todo cuidado e desabotoou a roupinha. Abriu a fralda com hesitação. Ao ver o conteúdo,
O ponteiro do relógio marcava exatamente oito horas da noite quando Dominic De Santis encerrou sua última reunião do dia. Exausto e visivelmente irritado, ele desligou o notebook com um clique seco, pegou o celular, as chaves do carro e seguiu pelo extenso corredor envidraçado do décimo oitavo andar da sede da D&S Corporation, em direção ao elevador. Queria apenas chegar em casa, tomar um banho quente e esquecer do caos que havia invadido sua vida nas últimas vinte e quatro horas.— Com licença, Sr. De Santis! — A voz firme de Nina ecoou atrás dele, cortando o silêncio do corredor.Dominic girou nos calcanhares, com os olhos já revirando. A assistente pessoal estava parada a alguns metros de distância, segurando uma cadeirinha de bebê com o pequeno Noah dormindo tranquilamente dentro dela.— Está esquecendo de algo — disse ela com um leve sorriso no rosto, claramente se divertindo com a situação.Ele soltou um suspiro impaciente e caminhou até ela, pegando a cadeirinha com um cuidado
Do outro lado da cidade, no bairro do Brooklyn, longe dos arranha-céus corporativos e da movimentação frenética da Quinta Avenida, Leslie Gallardo encarava a tela do notebook com olhos cansados e a expressão carregada de frustração. Sentada no pequeno sofá bege da sala que dividia com a melhor amiga, Harper Mitchell, ela apertava com força uma caneca de café quase frio entre as mãos. Ao fundo, a luz dourada do fim da tarde pintava as cortinas com tons quentes, contrastando com a tensão silenciosa que pairava no ar.Leslie viera para Nova York há pouco mais de quatro anos. Deixara sua cidade natal no interior do México cheia de sonhos, impulsionada pelo desejo ardente de estudar Direito e, com isso, mudar o destino de sua família. Sempre fora determinada, uma mulher de coragem e foco, mas naquele momento... tudo parecia ameaçado.— Harper, meus pais não estão conseguindo mais me ajudar com as despesas — confessou ela, a voz embargada, porém firme. — O dinheiro que mandavam já mal dava
Dominic De Santis não gostava de surpresas.Aliás, detestava.Para ele, cada segundo do dia era cronometrado com precisão cirúrgica. Reuniões, almoços de negócios, telefonemas estratégicos, revisões de contrato. Tudo precisava funcionar como um relógio suíço — e qualquer desvio representava perda de tempo. E tempo, no mundo de Dominic, era sinônimo de poder.Naquela manhã de terça-feira, o céu sobre Manhattan estava coberto por nuvens espessas e ameaçadoras. Do alto da cobertura no 60º andar da D&S Corporation, Dominic observava a cidade com uma xícara de café preto na mão e o maxilar travado.Vestia um terno sob medida italiano, escuro como a noite, o cabelo perfeitamente penteado para trás e o olhar tão afiado quanto sua reputação.— Senhor De Santis, os representantes da Nova Tech já estão na sala de reuniões — anunciou Nina, sua assistente, entrando no escritório com passos firmes, tablet em mãos e a postura impecável.Dominic assentiu sem uma palavra. Depositou a xícara sobre a m