O quarto de Luna parecia uma jaula dourada com cheiro de lavanda e talco.Eram 3 da manhã. A tempestade lá fora havia passado, deixando apenas um silêncio opressor sobre Manhattan. Luna dormia pesadamente, abraçada ao Sr. Orelhas. Jinx, no entanto, estava acordada, sentada no chão, sentindo as paredes se fecharem ao seu redor.A claustrofobia arranhava sua garganta. Ela estava acostumada a pular de prédios em Xangai, a correr de motos em becos de Paris. Ficar trancada num quarto rosa pastel, sem celular, sem ferramentas e vigiada por um bilionário paranoico estava testando sua sanidade.— Preciso me mexer ou vou gritar — sussurrou para o nada.Ela olhou para o canto superior do quarto. Uma luzinha vermelha piscava na escuridão.Uma câmera de segurança de última geração, lente olho de peixe e sensor infravermelho.Pisc. Pisc.Aeron estava assistindo. Homens como ele — predadores de terno — não dormiam. Eles vigiavam. Ele provavelmente estava no escritório blindado, cercado por monitores
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