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Capítulo 5 - O ataque no parque

O Central Park estava ofensivamente ensolarado. Famílias riam, cães corriam e vendedores de pretzel gritavam. Para Jinx, parecia um campo minado a céu aberto.

Ela caminhava ao lado de Aeron, empurrando o carrinho vazio enquanto Luna insistia em andar de mãos dadas com ela, ignorando o pai. Aeron usava óculos escuros estilo aviador e uma camiseta polo azul-marinho que abraçava seus bíceps de uma forma quase indecente.

Jinx tentou não olhar, mas era impossível. O homem era uma muralha de músculos tensionados. Aquela cicatriz dele brilhava sob o sol, um lembrete constante de que ele não era apenas um engravatado de Wall Street.

— Você está tensa, Sarah — Aeron comentou. Ele não olhou para ela quando falou. Seus olhos varriam o perímetro como um radar militar. — Está com medo dos esquilos?

— Não estou acostumada com tanta... fotossíntese — Jinx mentiu, ajeitando os óculos de grau falsos no nariz. — Sou uma garota da cidade. Prefiro ar condicionado.

Na verdade, ela também estava mapeando as rotas de fuga. Havia uma van de manutenção cinza parada com o motor ligado há dez minutos na saída leste. O motorista usava um boné baixo demais.

Seu instinto de ladra gritou. Problema à vista.

— Luna quer ir no balanço — Jinx disse rápido, tentando manobrar a menina para longe da van.

— Os balanços ficam perto da saída norte. Vamos. — Aeron deu o comando.

O celular dele vibrou. Ele atendeu, a postura ficando rígida.

— Venda as ações agora. Eu não me importo com o conselho administrativo! — ele rosnou ao telefone, virando as costas momentaneamente para gesticular.

Foi a brecha de três segundos que os abutres estavam esperando.

A porta lateral da van cinza deslizou com violência. Três homens saltaram. As jaquetas eram largas demais para o calor que estava fazendo. Movimentos rápidos. Coordenados. Eram mercenários, não amadores.

— Peguem a garota! — um deles gritou.

O mundo entrou em câmera lenta para Jinx. O sangue dela esfriou e seu foco estreitou.

O primeiro homem, um brutamontes com tatuagens no pescoço, avançou para pegar Luna.

O cérebro de Jinx gritou a sequência de abate: Golpe na traqueia. Chute na patela. Quebre o pescoço. Seus músculos se contraíram, ansiosos pela violência.

Pare! Se você lutar como Jinx, seu disfarce acaba. Ele vai te matar. Seja a Sarah. Seja inútil.

Jinx soltou a mão de Luna e gritou — um grito agudo, histérico e patético que feriu seu próprio orgulho profissional.

— AAAH! CUIDADO!

Em vez de assumir a postura de combate, Jinx se jogou para a frente, fingindo tropeçar nos próprios cadarços. Foi a coisa mais difícil que ela já fez na vida: parecer fraca quando poderia matar alguém.

Mas foi um tropeço calculado. Geometria do caos.

Ela colidiu com um carrinho de pretzel de um vendedor próximo, impulsionando-o com toda a força das pernas. O carrinho virou um míssil de metal quente e massa assada, atingindo o estômago do primeiro sequestrador com violência.

O homem se dobrou ao meio, sem ar.

O segundo homem puxou uma faca. Jinx, ainda no chão fingindo estar desorientada, agarrou um punhado de terra do canteiro.

— SOCORRO! — ela berrou, jogando a terra para cima em um arco frenético e desordenado.

A areia entrou nos olhos do homem com a faca. Ele parou e ficou xingando tentando limpar a areia do rosto.

Jinx rolou e puxou Luna para baixo de seu corpo, cobrindo a menina como um escudo humano, esperando o golpe do terceiro homem.

— TIRE AS MÃOS DELAS!

Um vulto azul colidiu com o terceiro agressor.

Aeron.

O bilionário não lutou com qualquer técnica de academia; ele lutou com fúria primitiva. Ele derrubou o homem com um tackle brutal, jogando-o no asfalto. Aeron montou sobre ele e seus punhos voaram para o rosto do mercenário.

Um. Dois. Três.

O som de osso quebrando estalou no ar, pois Aeron quebrou o braço do homem sem hesitar.

Os seguranças do parque e a polícia apareceram correndo com seus apitos soando. Tarde demais, como sempre.

Aeron se levantou, ofegante. Os nós dos dedos da mão direita sangravam. E correu ao encontro de Jinx e Luna que estavam no chão.

— Vocês estão bem? — A voz dele falhou. O terror estampado no rosto daquele homem frio foi um choque para Jinx.

Jinx estava sentada na terra, abraçando Luna que chorava baixinho.

— Eu... eu tropecei! O carrinho voou... foi tudo tão rápido! — Jinx soluçava, tremendo as mãos propositalmente. — Me desculpe, Sr. Vale! Eu sou tão desastrada!

Aeron ajoelhou-se. Ele não brigou com ela. Ele puxou as duas para um abraço esmagador. O cheiro dele envolveu Jinx — um cheiro de suor, sangue e adrenalina pura.

— Você foi incrível — ele sussurrou no ouvido dela, a respiração quente causando arrepios na nuca de Jinx. — Você a protegeu com o próprio corpo. E aquele golpe com o carrinho foi um milagre.

Jinx sentiu o coração acelerar. Não pelo perigo, mas pela proximidade dos dois. O braço forte dele ao redor dela parecia… certo demais.

Os policiais estavam algemando os homens. Um deles, o que Jinx havia cegado com areia, passou por eles sendo arrastado. Ele piscou, limpando os olhos vermelhos, e focou em Jinx.

O homem parou. A expressão de dor mudou para reconhecimento. Era "Dente de Ouro", um capanga de um cartel de Miami que Jinx havia roubado no ano passado.

— Jinx? — ele grasnou, incrédulo, cuspindo sangue.

O som foi baixo, mas Aeron estava perto.

O bilionário virou a cabeça bruscamente, como um tubarão sentindo vibração na água. Ele soltou Jinx e olhou para o bandido.

— O que ele disse? — Aeron perguntou, os olhos se estreitando perigosamente.

Jinx sentiu o mundo parar.

Pensa rápido, mentirosa. Pensa rápido.

— Ele disse... "Jeans" — Jinx improvisou, arregalando os olhos castanhos atrás dos óculos tortos. — Acho que ele gostou da minha calça rasgada. Ele deve estar delirando de dor.

Aeron olhou para o bandido sendo jogado na viatura. Depois olhou para Jinx. Olhou suas sardas falsas. Olhou para a calça jeans rasgada no joelho pela queda.

O silêncio entre eles durou uma eternidade.

Aeron não acreditou. Jinx viu nos olhos dele. Ninguém diz "Jeans" depois de apanhar. Mas ele não a desmascarou ali, na frente da polícia. Ele armazenou aquela informação na pasta mental dele de "coisas suspeitas sobre a babá".

— Jeans... — Aeron repetiu, a voz fria, calculista e mortalmente calma. — Claro. Deve ser isso.

Ele se levantou e estendeu a mão ensanguentada para ajudá-la.

— Vamos para casa, Sarah. Precisamos ter uma conversa muito séria sobre a sua sorte inacreditável.

Enquanto caminhavam para o carro blindado, Jinx sabia. O jogo tinha mudado. Aeron Vale não acreditava mais na "babá desastrada". Ele agora estava caçando a verdade.

[FIM DO CAPÍTULO]

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Curiosidade da Jinx: Ela odeia areia. Lembra muito o tempo que ela passou escondida no Marrocos fugindo da Interpol. Ter que rolar no chão sujo foi um sacrifício real pra ela!

Nota da autora: "JEANS"? Sério, Jinx? Essa foi a pior desculpa da história dos crimes! 😂 Mas o Aeron... ele protegeu as duas como um animal selvagem. E aquele olhar final? "Vamos ter uma conversa séria". Ele sabe. Ele definitivamente sabe.

A pergunta é: Por que ele não a desmascarou na frente da polícia?

A) Ele quer a Jinx só para ele.

B) Ele quer descobrir quem mandou o bandido.

Comentem com 👖 (calça jeans) para rir do desespero dela!

O próximo capítulo traz febre, delírio e uma proximidade perigosa no quarto do CEO. Não percam!

Ravenna V.

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