O corredor da ala leste parecia a garganta de um dragão. Fumaça preta e espessa rolava pelo teto, engolindo os lustres de cristal e transformando o ar em veneno puro.
Jinx prendeu a respiração e baixou o centro de gravidade, movendo-se não como a babá desengonçada que tropeçava nos próprios pés, mas como a sombra letal que havia sido treinada para ser. O vestido de seda rasgado permitia que suas pernas se movessem livremente.
Um estrondo veio da frente.
— AERON!
Ela o viu através da névoa cinzenta. Ele estava encurralado perto da varanda interna. Dois homens vestidos com uniformes táticos pretos — os mercenários do "Dente de Ouro" — o cercavam. Aeron sangrava. Havia um corte feio na sua têmpora esquerda, o sangue escorrendo e cegando um de seus olhos, mas ele ainda lutava com uma ferocidade selvagem, manejando um suporte de ferro de lareira como uma maça medieval.
Ele era forte, mas estava em desvantagem numérica. Um dos mercenários ergueu uma pistola com silenciador, mirando no peito