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O Segredo da Nova Babá do CEO
O Segredo da Nova Babá do CEO
Por: Ravenna V.
Capítulo 1 - A invasão silenciosa

Trinta segundos. Era o tempo exato que Jinx tinha antes que o firewall secundário reiniciasse e fritasse o sistema de segurança da Torre Vale, transformando a cobertura em uma fortaleza elétrica.

A chuva castigava o vidro panorâmico do prédio. Um caos sonoro perfeito para mascarar o zumbido do cortador a laser. Jinx ajustou a máscara de visão noturna. O vidro cedeu. Com um empurrão suave, ela deslizou para dentro como fumaça preta, as botas táticas aterrissando no tapete persa sem produzir um único decibel de ruído.

O ar do ambiente era gelado e o local tinha cheiro de pura riqueza.

Jinx ergueu os óculos, revelando olhos castanhos amendoados que brilhavam com a frieza de uma profissional. O reflexo no vidro mostrou brevemente seu rosto: a pele pálida e as sardas sobre o nariz — que geralmente lhe davam um ar de inocência juvenil —, agora estavam escondidas pelas sombras do capuz tático.

Ela consultou o mapa holográfico projetado na tela de seu relógio de pulso. O cofre com o chip "Coração de Titânio" deveria estar atrás da parede falsa no corredor leste. Valor estimado: três bilhões de dólares. Era a sua aposentadoria.

— Fácil demais — sussurrou ela, sentindo aquela coceira na nuca que sempre precedia o desastre. — Cadê a pegadinha?

Ela avançou pelo corredor, ignorando vasos da dinastia Ming que pagariam o PIB de um país pequeno. Jinx não era gananciosa; ela era cirúrgica. Ao chegar à porta indicada pelo hacker, seus dedos ágeis digitaram o código.

Uma luz verde piscou.

Click.

Ela empurrou a porta, esperando ver lasers vermelhos e placas de titânio. Em vez disso, deu de cara com nuvens pintadas à mão nas paredes, um móbile de planetas girando lentamente e o cheiro inconfundível de talco de bebê.

Jinx travou, o sangue gelando.

— Merda. A planta estava errada.

Ela girou os calcanhares, pronta para abortar. A regra número um do seu código era clara: Se o cenário mudou? Suma. Ela não era paga para improvisar em quartos de crianças.

Mas foi aí que ela ouviu.

Ghhhk.

Um som úmido, estrangulado. O som desesperador de ar sendo negado a um pulmão pequeno.

Jinx olhou para a cama no centro do quarto. Havia uma criança ali. Uma menina de uns quatro anos, sentada, agarrando a própria garganta com as mãozinhas trêmulas. O rosto dela estava mudando rapidamente para um tom aterrorizante de roxo.

— Ah, não. Nem fodendo.

Jinx jogou a mochila de trinta mil dólares no chão como se fosse lixo. O "modo ladra" desligou e o instinto humano assumiu o controle.

Ela correu até a cama. A menina estava em pânico absoluto, os olhos arregalados, a boca aberta num grito mudo. Jinx girou a criança, posicionando-se atrás dela. O corpo da menina era frágil demais contra o peito revestido de kevlar de Jinx.

— Cospe isso, vamos! — Jinx rosnou, fechando o punho sobre a boca do estômago da pequena e puxando para cima com força.

Uma vez. Nada. A menina estava ficando mole nos braços dela.

Não morre no meu turno, garota. Não ouse.

A segunda compressão foi mais forte. Jinx sentiu uma costela estalar sob a pressão, mas não parou. Era melhor uma costela quebrada do que um caixão branco minúsculo.

Na terceira vez, uma peça de brinquedo de montar vermelha voou da boca da menina e bateu no assoalho com um clack seco.

A criança puxou o ar com um chiado horrível, parecendo um aspirador entupido, e logo depois começou a chorar. Um choro alto, rouco e, o mais importante, vivo. Jinx caiu de joelhos ao lado da cama, as pernas subitamente virando gelatina, e puxou a menina para seu colo.

— Tá tudo bem... já passou — a voz dela saiu trêmula, a mão enluvada alisando o cabelo suado da criança.

BAAM!

A porta do quarto foi arrombada com violência, batendo contra a parede. A luz do corredor inundou o quarto, cegando Jinx momentaneamente.

— LARGUE ELA!

A voz era como um trovão. Jinx piscou, tentando ajustar a visão, e seu sangue parou ao ver a figura na porta.

Aeron Vale.

Ele era muito maior ao vivo do que nas capas da Forbes. Ele vestia apenas uma calça de pijama de seda preta, o peito nu e largo subindo e descendo em uma respiração raivosa. Mas o que prendeu a atenção de Jinx não foi o abdômen definido ou a cicatriz fina acima da sobrancelha direita que gritava "perigo". Foi a pistola 9mm prateada na mão dele, apontada diretamente para a testa dela.

Os olhos castanhos esverdeados dele eram gelo puro. Não havia humanidade alguma ali. Apenas um pai vendo uma figura vestida de preto tático segurando sua filha no escuro.

— Se você mover um músculo, eu estouro seus miolos — Aeron disse. A voz dele estava assustadoramente calma.

Jinx começou a levantar as mãos devagar. Ela sabia exatamente como aquilo parecia. Uma assassina pega no flagra.

— Eu não ia machucá-la — Jinx disse, a voz firme, embora o coração estivesse batendo na garganta. — Ela estava engasgada. Eu a salvei.

— Cala a boca. — Aeron destravou a arma com um clique metálico. — Afaste-se da minha filha. AGORA!

Jinx fez menção de se levantar, mas sentiu um peso na sua perna direita.

Era a menina. Ela não havia corrido para o pai. O rosto dela estava enterrado na perna de Jinx, os braços pequenos agarrados à coxa da ladra como se sua vida dependesse disso. Ela soluçava e se recusava a soltar.

Aeron vacilou. A arma em sua mão tremeu por uma fração de segundo. Uma dor crua, de ciúmes e confusão, brilhou nos olhos do CEO. A própria filha preferia o abraço de uma invasora mascarada do que o abraço dele.

— Luna? — Aeron chamou, a voz falhando. — Vem pro papai.

A menina negou com a cabeça e apertou mais a perna de Jinx.

Jinx viu a abertura para escapar. Era sujo e baixo manipular a ferida emocional de um pai, mas ela tinha um chip de três bilhões para roubar e uma vida para salvar: a dela mesma. Ela precisava de uma mentira, e precisava ser a melhor mentira de sua vida.

Ela olhou nos olhos frios de Aeron Vale, deixou os ombros caírem numa postura submissa e ativou sua arma secreta: a voz doce.

— Por favor, Sr. Vale, não atire — ela disse, injetando um tremor calculado na fala. — A agência mandou avisar que eu chegaria tarde por causa da tempestade. A porta da frente estava trancada... Eu entrei pela janela de serviço.

Aeron franziu a testa, a arma ainda travada no rosto dela.

— Quem diabos é você?

Jinx engoliu em seco e sorriu, nervosa.

— Eu sou Sarah. A nova babá.

[FIM DO CAPÍTULO]

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Nota da autora: MDS! O Aeron não hesitou um segundo em apontar a arma para a cabeça dela. Esse homem é um pai protetor ou um psicopata funcional? 🚩 E a Jinx teve a audácia de mentir olhando no cano da 9mm! Vocês teriam essa frieza ou teriam desmaiado ali mesmo?

Quero ver teorias: O Aeron acreditou nela ou só baixou a arma por causa da Luna?

Comentem "GATILHO" 🔫 se vocês sentiram a tensão! Adicionem o livro na biblioteca agora, porque o interrogatório vai começar e eu não me responsabilizo pelos danos cardíacos!

Ravenna V.

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