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Capítulo 8 - O roubo interrompido

O feitiço se quebrou como a brutalidade de um vidro estilhaçado. Jinx piscou, forçando seus pulmões a funcionarem novamente enquanto o cheiro amadeirado e perigosamente inebriante de Aeron Vale invadia seus sentidos.

— Quem é você? — ele repetiu, a voz rouca roçando nos lábios dela.

A resposta estava na ponta da língua: Sou a mulher que acabou de roubar você, seu idiota arrogante.

Segundos antes, durante aquele giro final da valsa onde Aeron a puxara com uma possessividade que quase fez os joelhos dela cederem, Jinx não tinha ficado parada. Enquanto ele focava nos olhos dela, hipnotizado pela própria desconfiança e desejo, a mão esquerda de Jinx — aquela que deveria estar pousada inocentemente no ombro dele — havia deslizado imperceptível para dentro da lapela do smoking.

Foi o roubo mais arriscado da sua carreira. O corpo dele estava pressionado contra o dela, qualquer movimento errado seria sentido. Mas a tensão sexual serviu como a camuflagem perfeita. A respiração irregular dele, o jeito como os músculos do peito dele se contraíram quando ela roçou o tecido... Aeron achou que era desejo. Jinx sabia que era furto.

Agora, o cartão de acesso mestre pesava contra a palma da mão dela, escondido na manga longa de renda do vestido.

— Sou… apenas a babá que precisa desesperadamente retocar o batom, Sr. Vale — ela sussurrou, injetando uma dose calculada de tremor na voz. Não era totalmente fingimento; a adrenalina estava correndo em suas veias como combustível de avião.

Ela se afastou antes que ele pudesse reagir. A perda do calor do corpo dele foi um choque físico, deixando a pele dela fria.

— Sarah... — Ele tentou segurá-la, mas Jinx já estava recuando, misturando-se aos convidados, usando um garçom com uma bandeja de champanhe como escudo humano.

Ela não olhou para trás. Sabia que, se olhasse, veria aqueles olhos de predador fixos nela, e talvez, apenas talvez, ela não tivesse forças para subir as escadas.

Foco, Jinx. O chip. O dinheiro. A liberdade.

Ela atravessou o saguão principal, ignorando os olhares curiosos, e deslizou para a lateral do salão, onde uma escadaria curva de mármore levava ao Mezanino Executivo. Era ali, apenas um lance de escadas acima da festa, que Aeron mantinha seu escritório temporário para eventos. Era estratégico: ele podia olhar para baixo e vigiar seus convidados como um rei em seu trono, e o cofre de exibição estava lá.

Jinx subiu os degraus rapidamente, a mão apertando o corrimão frio. O som da música lá embaixo começou a ficar abafado.

O corredor do mezanino estava vazio e na penumbra, vigiado apenas por câmeras silenciosas. O painel de segurança ao lado da porta dupla de carvalho maciço brilhou em vermelho. Jinx encostou o cartão roubado.

Bip. Luz verde.

Ela entrou e trancou a porta atrás de si. O cheiro de couro e uísque preenchia o ambiente. Jinx não perdeu tempo admirando a vista privilegiada que a parede de vidro oferecia do salão de baile lá embaixo. Ela foi direto para o quadro abstrato na parede leste.

— Desculpe, Aeron — ela murmurou, removendo a pintura. — Mas você é rico demais e eu tenho dívidas demais.

O cofre estava lá. Um modelo de origem suíça coberto por titânio. Impenetrável para 99% dos ladrões. Azar dele que Jinx estava no 1% restante.

Ela não precisava de explosivos. Ela encostou a orelha na fria porta de metal, fechou os olhos e começou a girar o dial com a sensibilidade de um cirurgião. Clique. Clique. As travas internas cantavam para ela. O som da orquestra lá embaixo servia de metrônomo para seu crime.

Trinta à esquerda. Dezessete à direita. Quatro...

Click-Clack.

A porta pesada se abriu.

E lá estava ele. O chip "Coração de Titânio". Pequeno, prateado, repousando sobre uma almofada de veludo preto como uma joia maldita.

Jinx o pegou. O metal estava frio, mas queimou a ponta dos seus dedos.

— Adeus, Sarah Jenkins — ela sussurrou para si mesma. Um sorriso vitorioso curvou seus lábios. Ela tinha vencido.

O plano de fuga era simples: a janela do escritório dava para o telhado do anexo de serviço, uma queda de apenas três metros até o jardim dos fundos. Ela poderia descer, pular o muro do complexo e desaparecer na noite de Nova York antes que Aeron notasse a falta do cartão.

BOOM.

O chão tremeu violentamente.

O sorriso morreu no rosto de Jinx. O escritório oscilou, e um vaso de cristal caiu da estante, estilhaçando-se.

Não foi um trovão. Não foi um acidente. Jinx conhecia aquele som com a intimidade de quem cresceu em zonas de guerra. Era C-4. Explosivo plástico de nível militar.

O alarme de incêndio disparou, um uivo agudo e ensurdecedor que rasgou a música clássica. As luzes do escritório piscaram e depois desligaram, substituídas pelo brilho vermelho das luzes de emergência.

Jinx correu até a parede de vidro que dava para o salão de baile lá embaixo.

O horror se desenrolou diante de seus olhos. Uma coluna de fumaça preta subia da entrada principal. As pessoas corriam, gritando, derrubando mesas e cadeiras. O fogo se alastrava pelas cortinas pesadas com uma velocidade sobrenatural.

— Droga — Jinx praguejou, recuando.

Ela olhou para a janela externa. A liberdade estava ali. O ar fresco. A fuga segura. Aeron tinha dezenas de seguranças. Ele tinha recursos. Ele não era problema dela.

Ela era uma ladra. Ladras não salvam bilionários paranoicos que as tratam como prisioneiras. Ladras pegam o espólio e correm.

Mas então, através do vidro, ela viu o movimento lá embaixo.

Perto da varanda oposta, isolado pela multidão em pânico, Aeron estava lutando. Não contra o fogo, mas contra homens. Sombras armadas que aproveitaram o caos para cercá-lo.

Ele foi emboscado.

A imagem de Aeron dançando com ela, o toque quase reverente em seu rosto, a vulnerabilidade que ele escondeu por trás da arrogância... e Luna. Se Aeron morresse hoje, Luna ficaria sozinha no mundo.

— Merda! Merda! Merda! — ela gritou, enfiando o chip no bolso fundo costurado na lateral do vestido, junto com o cartão de acesso.

Jinx arrancou os sapatos de salto alto, jogando-os longe. Com um puxão violento, rasgou a fenda do vestido de seda até a coxa para liberar os movimentos das pernas.

Ela não correu para a janela da liberdade.

Ela abriu a porta do escritório e correu para as escadas, mergulhando direto no inferno de fumaça e chamas para salvar o homem que deveria ser sua vítima.

[FIM DO CAPÍTULO]

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Nota da autora: ELA CONSEGUIU! Mãos de leveza nível mestre! 🕵️‍♀️ Mas agora a Torre Vale está em chamas e o Aeron está cercado.

A Jinx está com a liberdade no bolso e a saída livre.

A decisão de milhões: 1. Fugir com a fortuna e garantir a aposentadoria. 💰 2. Se jogar no fogo para salvar o homem que desconfia dela. 🔥

O que vocês fariam? Sejam honestas!

Deixem um 💣 nos comentários! Amanhã a máscara da "Sarah" vai cair de vez e o Aeron vai ver quem ela realmente é. O caos está garantido!

Ravenna V.

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