O som das sirenes surgiu, competindo com o crepitar do fogo que consumia o prédio acima deles. Luzes vermelhas e azuis começaram a dançar nas copas das árvores do jardim.
A polícia estava a menos de dois minutos.
Jinx sentiu o pânico subir pela espinha. Não o pânico de morrer queimada — com isso ela podia lidar —, mas o pânico da jaula. Se a polícia a encontrasse ali, com uma identidade falsa e antecedentes que fariam um agente do FBI chorar, ela passaria o resto da vida numa cela sem janelas.
— Me solta — ela sibilou, puxando os braços com violência.
Aeron não cedeu. O aperto dele era de aço. Ele parecia nem notar o sangue escorrendo pelo próprio rosto. Ele estava focado apenas nela, dissecando-a com aquele olhar esverdeado e inteligente demais.
— Você não vai a lugar nenhum até me dizer quem diabos você é — ele rosnou.
— Eu sou a pessoa que acabou de evitar que você virasse churrasco! — Jinx retrucou, girando o corpo para tentar se desvencilhar.
O movimento brusco foi o erro. O tecid