Lyria ficou parada no centro do pátio, olhando para a mulher do conselho como se ainda esperasse ouvir uma correção. Uma explicação. Qualquer coisa que não fosse aquilo:
Ela poderia ser executada.
Pelo próprio guardião.
Se não “controlasse” um poder que nunca pediu para ter.
O coração dela batia alto. Kael deu meio passo na direção dela, como se quisesse dizer alguma coisa, mas não tinha palavras.
A mulher virou as costas e começou a sair.
— Ei! — Lyria chamou, com raiva. — Quantos “ciclos de treino” eu tenho?
A mulher parou na porta, mas não olhou para trás.
— Três.
— Três o quê? Dias? Semanas? Meses?
Silêncio.
Depois:
— Depende de você. E do medalhão. Ele é quem vai decidir se você vive ou não.
Ela se foi.
Lyria sentiu o chão sumir.
Kael se aproximou.
— Respira. Não pensa nisso agora.
Ela deu um passo para trás.
— “Não pensa”? — ela repetiu. — Eles acabaram de dizer que, se eu não me transformar numa máquina perfeita em tempo recorde, você mesmo vai ter que me matar. Como você quer