O som do último batimento ecoou por todo o vale. Depois, veio o silêncio — profundo, puro, insuportável.A lua clareou, lavando o sangue da noite anterior. E no centro do altar de gelo, onde o corpo de Helena caíra, havia agora apenas luz. Não havia ferida, nem sombra. Somente uma forma translúcida, feita de calor e calma.Kael ainda estava ajoelhado. A espada jazia caída ao lado. Os dedos dele, manchados da luz que antes era sangue, tremiam. Erynn tocou seu ombro. — Levanta, Alfa. Ele balançou a cabeça. — Não posso. — Ela escolheu. — Eu devia ter escolhido por ela. — Isso teria tirado o sentido da escolha.O vento soprou, leve. Um fio de cabelo de Helena, dourado, dançava no ar. Kael o segurou com cuidado, como se tocasse um milagre. A cicatriz em sua garganta brilhou uma última vez — e apagou.Na fortaleza, Aren acordou de um pesadelo. O corpo suava frio, o peito doía como se tivesse perdido metade de si. Correu até a entrada, tropeçando. Os lobos no caminho o obs
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