Início / Lobisomem / A LUNA DO ALFA SEM VOZ / ✦ CAPÍTULO 41 — A VIGÍLIA DO PÔR-DO-SOL
✦ CAPÍTULO 41 — A VIGÍLIA DO PÔR-DO-SOL
O sol desceu devagar, como quem sabe que a última luz é juramento.

Nos vilarejos, as portas foram polvilhadas de sal vivo; as janelas, fechadas com nó simples; as mesas, limpas com pano de pinho.

Erynn havia dito: uma voz por casa.

Não para fazer coro alto, mas para que o silêncio ouvisse cada nome.

No Bico de Neve, a velha Alaíde sentou os netos no banco e acendeu a lamparina pequena.

— Primeiro o nosso — disse, firme.

Os meninos repetiram, um tropeçando na sílaba do meio; ela riu.

— O erro fica. É o que nos encontra no escuro.

Depois, completou a senha:

— “Queimei a rapadura no degelo e todo mundo comeu assim mesmo.”

No Vale do Veado Branco, Maelle, a aprendiz de escriba, deixou a pena numa tigela de água salgada e se sentou na soleira com a mãe.

— “Somos do cais que range” — entoou, a voz um pouco trêmula. — E a senha: “Escrevi ‘canção’ com dois esses.”

A mãe sorriu.

— E cantaram mesmo assim.

Em cada aldeia, a Patrulha de Memória circulava devagar, verificando nós, repondo
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