Kaelen Aurelius A sala de projeções era fria e silenciosa, iluminada apenas pelo brilho azulado de cinco hologramas que flutuavam diante de mim. Cinco membros do Conselho Aureliano. Cinco vozes que, juntas, poderiam ditar o futuro — ou o fim — da nossa espécie.Cada rosto projetado representava uma das Grandes Casas de Aurelis, nosso planeta de origem, agora apenas uma memória distante envenenada. Cada um governava uma das cidades centrais da Terra: Tóquio, Londres, Paris, Sydney e, é claro, Nova Iorque — minha responsabilidade. Eram seres ancestrais, imersos em um tradicionalismo que, suspeitava eu, nos levaria à extinção mais rápido que qualquer praga cósmica.— Kaelen,— a voz de Lorde Valerius, de Londres, ecoou na sala, cortante como uma lâmina. — O relatório trimestral é claro. Nossa taxa de natalidade continua em declínio irreversível. O Conselho espera uma solução. Algo mais… definitivo. Os melhores cientistas do nosso povo estão a seu serviço sem contar com os recursos tecn
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