O silêncio daquela manhã em Asheville era diferente. Não era vazio nem pesado — tinha um peso novo, carregado de possibilidades e, sobretudo, de verdades que ainda precisavam ser ditas. Evelyn acordou com uma sensação estranha no peito, como se algo importante estivesse prestes a acontecer, um nó apertado entre esperança e medo.Lucas já estava na cozinha, preparando café, seu perfil recortado pela luz suave que entrava pela janela. O movimento tranquilo e quase automático dele parecia revelar uma rotina que, mesmo depois de tudo, permanecia imutável.— Bom dia — disse Evelyn, ainda vestindo o pijama, com os olhos brilhando de sono e alguma ansiedade.Lucas sorriu, oferecendo a caneca. — Você dormiu bem?— Melhor do que esperava — ela respondeu, tomando um gole quente. — Sabe, pensei que vir aqui fosse me deixar cheia de dúvidas, mas, de algum jeito, sinto que estamos começando a encontrar respostas.Ele assentiu, o olhar firme, mas gentil.— Acho que Benjamin queria exatamente isso.
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