Capítulo 19

A carta começou com o nome dela, escrito como se Benjamin ainda estivesse vivo, como se cada letra carregasse o peso e o cuidado de quem conhece uma alma até nas fissuras.

"Evelyn,"

Lucas se afastou alguns passos, respeitando o espaço dela. Evelyn sentou-se no deque de madeira, com as pernas cruzadas, os dedos trêmulos segurando o papel envelhecido. A chuva agora era só uma garoa sutil, como se o céu também tivesse se calado para ouvir.

"Se você está lendo isso, significa que a vida seguiu sem mim. E por mais que essa ideia me parta o coração, também me consola. Porque você ainda está viva. Você está aqui. E isso já é um milagre."

Evelyn sentiu os olhos arderem.

"Eu tentei te poupar da dor, Evelyn. Juro que tentei. Mas sei que meu silêncio também foi uma forma de crueldade. Você merecia saber antes. Merecia dividir o peso. Só que, às vezes, o amor é egoísta. E o meu por você era — ainda é."

Ela parou de ler por um segundo. Passou as costas da mão nos olhos. Lucas, mais adiante, observ
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