O dia amanheceu com uma névoa densa envolvendo as montanhas ao redor da casa. Evelyn acordou antes de Lucas e ficou por alguns minutos observando a luz esbranquiçada invadir o quarto, filtrada pelas cortinas finas. Era como se o mundo estivesse suspenso, em espera — o mesmo sentimento que ela carregava por dentro.
Vestiu-se em silêncio e foi até a cozinha. Preparou café, colocou duas canecas sobre a mesa e abriu uma das janelas para deixar o ar fresco entrar. O cheiro da terra molhada, das folhas e da madeira antiga preencheu o ambiente com uma melancolia reconfortante. Estava começando a se acostumar com aquele lugar. Com ele.
Lucas apareceu minutos depois, com os cabelos ainda úmidos e uma expressão serena, mas densa. Trazia uma mochila nos ombros.
— Vai querer um casaco mais quente? — ele perguntou, pegando uma caneca de café.
Evelyn franziu o cenho. — Onde estamos indo?
— Te prometi respostas, lembra? Hoje você vai ter.
Ela hesitou por um segundo, mas então assentiu. Pegou um casa