O salão dos espelhos pulsava com uma energia antiga, quase viva. Reflexos tremeluziam nas paredes de cristal, mostrando versões alternativas de Elena: em algumas, ela era lobo; em outras, guerreira, mãe, traidora, mártir. Cada espelho carregava uma possibilidade. Cada reflexo, uma escolha não feita.Ao fundo, Lucas continuava preso. As runas gravadas em sua pele brilhavam num tom violeta, drenando sua energia. Ele tentava manter os olhos abertos, mas o feitiço de contenção era forte — e cruel.— Solte-o — disse Elena, com a voz firme, mas o coração em chamas.Aedan permaneceu imóvel. Suas vestes negras esvoaçavam, e seus olhos, vermelhos como sangue coagulado, observavam cada movimento dela como se pudesse decifrar suas intenções antes mesmo que ela as compreendesse.— Não percebe, Elena? — murmurou ele. — Este salão não é um campo de batalha. É um tribunal. E você é ré, juíza e carrasca. Todas ao mesmo tempo.Ela segurou o medalhão. Seu brilho pálido parecia vibrar mais forte dentro
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