A luz da lua sangrenta ainda pairava sobre as árvores, tingindo o mundo com tons de rubi e prata. Mas o campo de batalha havia silenciado. Após o confronto, os corpos da Alcateia Sombria jaziam entre raízes e pedras, enquanto os poucos sobreviventes haviam recuado, levados por Aedan, ferido — mas não derrotado.

Elena permanecia de pé no centro do círculo de pedras, exausta mas firme. O poder recém-desperto vibrava sob sua pele, como um lobo inquieto esperando para correr. Ainda se acostumava com aquela presença interna, com o equilíbrio precário entre luz e sombra que agora fazia parte de quem era.

Lucas se aproximou devagar, observando o céu.

— A lua está caindo. Logo o eclipse passará. E com ele… o tempo para agir.

Ela assentiu. Sabia que o que haviam vivido era apenas o começo. Aedan voltaria, mais forte, mais furioso. E não estaria sozinho.

— Precisamos unir os outros — disse ela, olhando para o horizonte. — As linhagens ainda dispersas. Os clãs esquecidos. Não venceremo