A névoa rastejava pelo solo como um manto vivo, cobrindo os pés de Elena enquanto ela atravessava o bosque silencioso. Não havia som de coruja, nem sussurros de vento entre os galhos. Só o chamado — aquela sensação pulsando em sua mente, guiando-a como um fio invisível.
Venha até mim.
Não era um comando. Era um convite. Um sussurro carregado de poder e algo mais… familiar. Como o eco de um sonho esquecido.
Ela não contou a Lucas. Sabia que ele tentaria impedi-la. Mas havia algo naquela ligação que ela não podia ignorar. Aedan estava chamando — e por mais loucura que parecesse, parte dela precisava ouvir o que ele tinha a dizer.
Seguindo a trilha até um círculo de árvores antigas, Elena parou. A luz da lua, agora em sua fase minguante, mal atravessava as copas. No centro do claro, ele a esperava.
Aedan.
Mais humano do que na última vez que o viu, com cabelos longos presos em uma trança e vestes escuras de couro e linho. Nenhum monstro à vista — apenas o rosto de um homem be