O silêncio no santuário era denso, quase sagrado. As paredes de pedra cobertas por musgos antigos pareciam conter mil segredos em cada rachadura. Elena caminhava com passos lentos, guiada por velas encantadas que flutuavam à sua frente. Havia apenas uma Guardiã viva capaz de levá-la até ali: Kaelya, a mais velha do círculo, e a última que ainda falava com os espíritos do tempo.
— Este lugar foi selado desde a Grande Queda — disse Kaelya, com a voz rouca como vento entre pedras. — Você é a primeira a ser autorizada a entrar em séculos.
Elena parou diante de um altar semicircular. Sobre ele, uma tigela de cristal continha areia branca como ossos. Em volta, símbolos lunares giravam lentamente, suspensos no ar como se o tempo ali se curvasse a outra lógica.
— Essas são as Areias do Tempo? — Elena perguntou.
Kaelya assentiu.
— Cada grão contém um fragmento do passado… e do futuro. Mas cuidado: o que você verá não pode ser des-visto. E aquilo que aprender pode exigir mais do que está dispos