A luz do Véu da Origem ainda pairava no ar como poeira estelar quando Elena ajudou Kaela a se levantar. A catedral tremia com os ecos do impacto, e Aedan — ou o que restava dele — recuava, contorcendo-se no chão de pedra, como se a luz do Véu tivesse aberto rachaduras em sua alma corrompida.Lucas subiu as escadas aos tropeços, o braço sangrando, os olhos arregalados.— Estão bem? — perguntou, ofegante.Elena assentiu, sem tirar os olhos de Aedan, que agora se arrastava até uma pilastra caída, o rosto meio humano, meio lobo, marcado por uma dor que transcendia o físico.— Ele ainda está lá — sussurrou Kaela, apertando o Véu contra o peito. — Mas a presença do Primeiro está se alimentando das memórias dele. Se não agirmos logo...— Vai se perder de vez — completou Lucas.Silêncio. A escolha pairava no ar como uma lâmina pendente.O Véu era mais do que um artefato — era uma prova viva do nascimento dos clãs. Com ele, Elena poderia selar o Primeiro para sempre… mas ao custo de qualquer e
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