O mundo orbitava Elena, embora seu eixo permanecesse estático. As palavras de Aedan ribombavam como um trovão distante: “Você é portadora do meu sangue.” Era como se cada célula de seu ser estivesse em conflito — a claridade herdada da Primeira Guardiã versus a sombra ancestral legada pelo Alfa Sombrio. Ela se prostrou. O solo sob seus pés vibrava, como um coração pulsante sob a terra. O ar se adensara, carregado de eletricidade, e a lua rubra no céu projetava sombras alongadas que pareciam ganhar vida própria. Aedan avançou, exibindo um sorriso que combinava presunção e triunfo. — Você sente, não é? A cólera, a incerteza, a potência bruta que sua linhagem ocultou de você. Negá-la será sua perdição, aceitá-la será sua redenção. Lucas tentou alcançá-la, ainda imerso na luta contra os membros da Alcateia das Sombras. Contudo, Elena ergueu a mão — não para ele, mas em direção ao céu. Um halo de luz pálida se manifestou ao seu redor, resplandecendo em tons de prata e azul, repelindo as fe