12. O nó da suspeita e o silêncio da espera
O ar no escritório de Don Vincenzo Costello tornou-se rarefeito, pesado com a acusação de Rocco e o silêncio gélido que se seguiu. Os olhos do Don, como duas brasas incandescentes, fixaram-se em Leonardo, esperando uma explicação, uma justificativa para a "pequena confusão na livraria" e o envolvimento com a "signorina Rossi". Tulio permanecia uma estátua sombria, observando, seu rosto uma máscara impenetrável.Leonardo sentiu o suor frio escorrer por suas costas, mas externamente, manteve a calma gélida que se tornara sua armadura. "Rocco, como sempre, embeleza os fatos para seu próprio deleite, Don Costello," ele começou, a voz firme, cada palavra cuidadosamente escolhida. "Houve um incidente, sim. Capangas de uma incorporadora medíocre, a Progresso Empreendimentos, estavam intimidando um jornalista e a signorina Rossi, que, pelo que entendi, investigava as atividades escusas dessa empresa. Eu estava no local por acaso, avaliando a segurança de um possível ponto de encontro para noss
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