13. O beijo do escorpião
O mundo de Leonardo pareceu se inclinar sobre seu eixo. De um lado da rua, Sabrina, a personificação da luz e da inocência que ele tanto almejava e repelia, seus olhos agora fixos nele com uma intensidade que misturava curiosidade e uma nascente, inconfundível suspeita. Do outro, a mensagem urgente de Tulio piscando em seu comunicador: Bianchi, o traidor em potencial, e um dos irmãos Cuca, o inimigo declarado, juntos no Cassino Estrela Dourada. Duas frentes de batalha, ambas exigindo sua atenção imediata.Ele não podia se dar ao luxo de abordar Sabrina, não ali, não daquela forma. Qualquer interação apenas confirmaria as piores conjeturas dela sobre o tipo de companhia que ele mantinha e os lugares que frequentava. Por uma fração de segundo, seus olhos encontraram os dela através do vidro da cafeteria. Ele não sorriu, não gesticulou. Apenas sustentou o olhar, uma tela em branco onde ela poderia projetar todos os seus medos ou dúvidas, antes de se virar com uma decisão abrupta e caminh
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