11. Na teia da fuga , laços de fogo
O caos da livraria ficou para trás, um borrão de gritos, estantes caídas e o brilho selvagem nos olhos dos capangas da Progresso Empreendimentos. Leonardo, segurando a mão de Sabrina com uma firmeza que era ao mesmo tempo protetora e urgente, guiava-a pelas ruelas escuras e labirínticas do centro histórico, seus instintos de predador agora totalmente voltados para a sobrevivência de ambos. O pendrive com as plantas do Banco Rossi – ou pelo menos uma parte crucial delas, o fruto de sua perigosa barganha com Ricardo Alves – queimava em seu bolso, uma vitória amarga diante do novo e terrível perigo que se apresentava.
Sabrina corria ao seu lado, o fôlego curto, o coração martelando no peito como um tambor de guerra. A imagem de Leonardo lutando, a forma como ele se movera com uma eficiência letal para protegê-la e ao jornalista Gabriel Correa, estava gravada em sua mente. Aquele homem, cujo nome ela agora sabia, era um enigma mortal, uma tempestade de segredos e violência, mas também, de