A porta rangeu com o impacto. Leonel não pensou duas vezes. Entrou no internato com o coração batendo como um tambor.O ar era pesado, carregado de passado.A cada passo, ouvia ecos — lembranças que nem eram suas, mas que pareciam querer invadir sua mente.— Luna! — gritou, a voz reverberando pelas paredes.Nada.Avançou mais, os olhos atentos.Até que ouviu.— Leonel…Era fraco. Um sussurro vindo do fim do corredor. Ele correu, virou à direita, e então viu: Luna, ajoelhada ao lado de uma parede descascada, os pulsos marcados, o olhar úmido… mas viva.Ela se levantou rápido, correu até ele e se jogou em seus braços.O abraço foi urgente, desesperado, cheio de tudo que palavras não podiam dizer.— Eu achei que nunca mais ia te ver — ela disse, com a voz embargada.— Eu jurei que te encontraria. E aqui estou.Mas a emoção durou pouco.— Que cena linda. Quase chorei. — Alícia apareceu na porta, de braços cruzados, e com um leve sorriso debochado nos lábios.Leonel girou o corpo, colocand
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